No início de 2025, estava tudo pronto para o momento mais lindo da minha vida: o nascimento do meu filho Davi Elô com minha companheira Danielle Morais. Tudo estava correndo bem, estávamos bastantes confiantes e todos estavam saudáveis. Quando o trabalho de parto começou, corremos para a maternidade pública ISEA de Campina Grande-PB, conforme orientação do nosso obstetra do pré-natal particular. Sentíamos que estávamos bem preparados e com todas as condições de tudo ocorrer bem, principalmente quando o mesmo obstetra do pré-natal particular estava de plantão durante o trabalho ativo de parto da minha esposa.
O que não sabíamos é que a falta de informação nos levou à tragédia: mudança de medicação, excesso na dosagem e negligência médica levaria à morte do meu filho e posteriormente, da minha esposa, um mês depois.
Antes de falecer, Dani e eu decidimos criar uma plataforma para informar mães e acompanhantes dos seus direitos, como agir e se defender da violência obstétrica e como denunciar quando a prática ocorre. Nosso objetivo era que ninguém passasse pelo que passamos. Após a morte de Dani, meu filho Pablo Odilon e eu decidimos continuar a luta e atingir a missão de auxiliar gestantes e acompanhante em todo o país.
Jorge Elô